top of page

Destino

Dá-me a mão, tapuia. Deixemos nosso passado, quão colorido e acalentador tenha sido, aonde ele pertence. Descortinando-se a nós, a mãe-terra apoiou-nos cada passo e indicou a direção derradeira. Daqui em diante, é o precipício do nosso futuro a senda que trilharemos! Desbravaremos a neblina da incerteza para chegarmos ao litoral ensolarado que sabemos existir além. Despeçamo-nos da nossa primeira vida e renasçamos metamorfosiados no ciclo que Saturno inicia. Despidos em corpo e alma, recebemo-nos mútua e abertamente! Domino todos meus medos ao teu lado. Dá-me a mão, tapuia, filha de Tupã e Jaci, pela loucura e pelo êxtase, com afinidade infinita, infinda e intensa, ouvindo o canto magistral das nossas almas amando-se, estamos unidos corporal, mental e espiritualmente para cumprirmos aquilo que aqui nos trouxe: o nosso destino!

São José dos Campos, 19 de julho de 2017.

bottom of page